quinta-feira, 24 de setembro de 2015

24/09/15 - Isaías Profetiza a Vinda do Reino de Cristo (A glória futura de Jerusalém) - Isaías 2.1-5

ESTUDO BÍBLICO NOS LARES
Estudo dirigido em Isaías 2.1-5
Tema: Isaías Profetiza a Vinda do Reino de Cristo (A glória futura de Jerusalém).

Exórdio:
Você acredita em promessas de políticos? Ou nas propagandas de produtos de beleza, emagrecimento, ou que garantem um corpo escultural com pouco esforço e em pouco tempo?
Muitas vezes ouvimos promessas de toda natureza. Mas nem sempre somos atraídos por essas promessas, pois quase nunca elas se cumprem da forma como foram apresentadas. Tudo aquilo que é prometido, gera em nós, via de regra, um sentimento de dúvida quanto ao seu cumprimento.
E quando falamos sobre igrejas que dizem resolver este ou aquele problema, condicionando o resultado à fé, à contribuição de qualquer natureza, ou ainda, à obrigação de Deus em fazer aquilo que desejamos?
De fato, não somos muito crédulos quando estamos tratando deste assunto.
Mas como agimos diante de promessas que nos são apresentadas através das Escrituras? Infelizmente, muitas vezes, somos tão incrédulos quanto na situação anterior. “Está escrito na Bíblia. Mas será que vai acontecer”?

Contexto:
Olhando para o livro do profeta Isaías, vemos que muitas promessas são feitas. Na verdade, não se tratam apenas de promessas, mas sim de profecias, pois narram fatos futuros que se cumpriram ou ainda se cumprirão. Mas vão acontecer.
Olhando para o capítulo 1, vemos Isaías, por ordem do Senhor, apontar o pecado da nação de Israel (1.2a; 4) e condenar o culto hipócrita que era prestado pelo povo (1.11; Am. 5.25-26).
Mas a partir do v. 18, há um convite ao arrependimento e uma promessa de juízo aos que não se arrependerem (v.20).
Entrando então no bloco que vai do capítulo 2 até o 4, vemos a descrição do futuro glorioso de Sião; depois seguem-se várias repreensões e anúncios de destruição dirigidos à pecadora Sião daquela época, e mais uma vez, estas repreensões e anúncios de destruição fazem ecoar a promessa de uma cidade de Deus, purificada pelo julgamento. Essa purificação independe da pecaminosidade do povo, mas será executada pela vontade soberana de Deus.

Grande Ideia:
Por isso podemos afirmar que “O PLANO DE DEUS PARA A RESTAURAÇÃO DO SEU POVO, DEPENDE TÃO SOMENTE DA SUA VONTADE SOBERANA”. (4)

Estrutura:
1-  A palavra é de Deus (1)
A profecia que Isaías está para proferir não era fruto de suas convicções ou do seu conhecimento teológico. Era Palavra de Deus por boca do profeta.
Essa concepção, no contexto do antigo testamento era algo muito sério e, por isso, era levada muito a sério.
(Dt. 18.18-22) – Moisés estava no fim da vida e precisava apresentar as credenciais daqueles que o sucederiam. Contudo, alguns comentaristas afirmam que este texto, mesmo tratando dos sucessores de Moisés, está apontado para Cristo, do qual Moisés e todos os outros profetas eram tipos.
O fato é que a Palavra de Deus dada a um profeta era extremamente séria. E o profeta não poderia se furtar da responsabilidade de dizer o que Deus mandou dizer.
Mas há muitos falsos profetas nos nossos dias dizendo, em nome de Deus, coisas que Deus não mandou dizer. E desconsideram, por completo, as consequências disso. Não creem no juízo do Deus Justo, cuja palavra não muda.

2-  A ação é de Deus (2-4)
Quando lemos o texto dos versos 2 e 3, entendemos que há um referencial a ser observado. E essa referência é o lugar onde Deus habita.
No contexto de Isaías, o monte da Casa do Senhor seria uma referência ao Monte Moriá, também conhecido como Sinai, onde foi edificado o Templo.
Devemos nos lembrar que, nesse contexto, o Templo representava ainda o local da habitação de Deus. Por essa razão, usando de forma figurada essa referência, tratando dos últimos dias, Isaías mostra que todas as nações se apresentariam diante de Deus.
Isso se dará por dois motivos: 1) todos estarão perante Deus para serem julgados por Ele (Rm. 14.10)​Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.
; 2) uma demonstração da inserção dos povos gentios no meio do povo, passando a ser parte integrante desse povo (Jo. 1.11-12) Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. ​Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.

E o v. 4 encerra esse bloco mostrando o julgamento final e seus resultados: as nações serão corrigidas; as armas de guerra se tornarão como ferramentas agrícolas, que servem ao trabalho e não à guerra; e haverá paz entre as nações.
Essa descrição nos mostra a restauração de tudo que foi corrompido pelo pecado. 
At. 17.30-31 – Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; ​porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.

E Deus fará tudo isso, em Cristo e por meio dele.

3-  A direção é dada por Deus (5)
Essa expressão “LUZ”, se referindo a Deus, aparece inúmeras vezes nas Escrituras. É uma referência ao fato de estarmos constantemente na presença de Deus, agindo segundo o conselho da sua vontade.
Veja o que diz o evangelista João (3.19-21).
Olhando para a carta de Paulo aos Efésios, vemos o seguinte: (5.8).
Diante dessas exortações, como servos de Deus, devemos buscar andarmos na luz, pois isso é o que se exige daquele que foi resgatado do império das trevas.

Conclusão:
Diante de todas essas colocações podemos concluir que a profecia que Isaias apresenta nesse primeiro bloco do capítulo 2, diz respeito à vinda do Reino de Cristo.
1-   (v2) O monte da Casa do Senhor – uma referência ao Templo literal que apontava para o templo espiritual, que é a igreja do NT.
2-   (v2-3) Afluirão todas as nações – uma referência aos gentios alcançados pela graça. (Rm. 14.10-11).
3-   (v4) Ele julgará entre os povos – uma referência a Jesus como o Supremo Juiz  

Aplicações:
Precisamos estar atentos à nossa postura diante das promessas de Deus para o seu povo, não para exigirmos que Ele as cumpra o que prometeu, com se vê por aí, nem mesmo para cobrarmos d’Ele aquilo que achamos ter por direito.
Nossa postura diante de Deus deve ser de submissão e reverência. Mas muitas pessoas têm sido estimuladas a tratar Deus como um amuleto.
Não nos preocupamos mais em prestar um culto a Deus que agrade a Deus. Procuramos um culto que agrade a nós e, às vezes, convidamos Deus para participar dele conosco e desejamos boas-vindas ao dono da casa.

Precisamos estar atentos às promessas de Deus, tão somente, porque Ele é Deus.
Lembrando das palavras de Moisés: “Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?” (Nm. 23.19).

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