ESTUDO BÍBLICO NOS LARES
Estudo dirigido em Isaías 2.1-5
Tema: Isaías Profetiza a Vinda do Reino de Cristo (A glória futura de Jerusalém).
Exórdio:
Você acredita em promessas de
políticos? Ou nas propagandas de produtos de beleza, emagrecimento, ou que
garantem um corpo escultural com pouco esforço e em pouco tempo?
Muitas vezes ouvimos promessas de toda
natureza. Mas nem sempre somos atraídos por essas promessas, pois quase nunca
elas se cumprem da forma como foram apresentadas. Tudo aquilo que é prometido,
gera em nós, via de regra, um sentimento de dúvida quanto ao seu cumprimento.
E quando falamos sobre igrejas que
dizem resolver este ou aquele problema, condicionando o resultado à fé, à
contribuição de qualquer natureza, ou ainda, à obrigação de Deus em fazer
aquilo que desejamos?
De fato, não somos muito crédulos
quando estamos tratando deste assunto.
Mas como agimos diante de promessas que
nos são apresentadas através das Escrituras? Infelizmente, muitas vezes, somos
tão incrédulos quanto na situação anterior. “Está escrito na Bíblia. Mas
será que vai acontecer”?
Contexto:
Olhando para o livro do profeta Isaías,
vemos que muitas promessas são feitas. Na verdade, não se tratam apenas de
promessas, mas sim de profecias, pois narram fatos futuros que se cumpriram ou
ainda se cumprirão. Mas vão acontecer.
Olhando para o capítulo 1, vemos
Isaías, por ordem do Senhor, apontar o pecado da nação de Israel (1.2a; 4) e
condenar o culto hipócrita que era prestado pelo povo (1.11; Am. 5.25-26).
Mas a partir do v. 18, há um convite ao
arrependimento e uma promessa de juízo aos que não se arrependerem (v.20).
Entrando então no bloco que vai do
capítulo 2 até o 4, vemos a descrição do futuro glorioso de Sião; depois
seguem-se várias repreensões e anúncios de destruição dirigidos à pecadora Sião
daquela época, e mais uma vez, estas repreensões e anúncios de destruição fazem
ecoar a promessa de uma cidade de Deus, purificada pelo julgamento. Essa
purificação independe da pecaminosidade do povo, mas será executada pela
vontade soberana de Deus.
Grande Ideia:
Por isso podemos afirmar que “O PLANO
DE DEUS PARA A RESTAURAÇÃO DO SEU POVO, DEPENDE TÃO SOMENTE DA SUA VONTADE
SOBERANA”. (4)
Estrutura:
1- A palavra é de Deus (1)
A profecia que Isaías está para
proferir não era fruto de suas convicções ou do seu conhecimento teológico. Era
Palavra de Deus por boca do profeta.
Essa concepção, no contexto do antigo
testamento era algo muito sério e, por isso, era levada muito a sério.
(Dt. 18.18-22) – Moisés estava no fim
da vida e precisava apresentar as credenciais daqueles que o sucederiam.
Contudo, alguns comentaristas afirmam que este texto, mesmo tratando dos
sucessores de Moisés, está apontado para Cristo, do qual Moisés e todos os
outros profetas eram tipos.
O fato é que a Palavra de Deus dada a
um profeta era extremamente séria. E o profeta não poderia se furtar da
responsabilidade de dizer o que Deus mandou dizer.
Mas há muitos falsos profetas nos
nossos dias dizendo, em nome de Deus, coisas que Deus não mandou dizer. E
desconsideram, por completo, as consequências disso. Não creem no juízo do Deus
Justo, cuja palavra não muda.
2- A ação é de Deus (2-4)
Quando lemos o texto dos versos 2 e 3,
entendemos que há um referencial a ser observado. E essa referência é o lugar
onde Deus habita.
No contexto de Isaías, o monte da Casa
do Senhor seria uma referência ao Monte Moriá, também conhecido como Sinai,
onde foi edificado o Templo.
Devemos nos lembrar que, nesse
contexto, o Templo representava ainda o local da habitação de Deus. Por essa
razão, usando de forma figurada essa referência, tratando dos últimos dias,
Isaías mostra que todas as nações se apresentariam diante de Deus.
Isso se dará por dois motivos: 1) todos
estarão perante Deus para serem julgados por Ele (Rm. 14.10)Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que
desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.
; 2) uma demonstração da inserção dos
povos gentios no meio do povo, passando a ser parte integrante desse povo (Jo.
1.11-12) Veio para o que era seu, e
os seus não o receberam. Mas, a todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber,
aos que creem no seu nome.
E o v. 4 encerra esse bloco mostrando o
julgamento final e seus resultados: as nações serão corrigidas; as armas de
guerra se tornarão como ferramentas agrícolas, que servem ao trabalho e não à
guerra; e haverá paz entre as nações.
Essa descrição nos mostra a restauração
de tudo que foi corrompido pelo pecado.
At. 17.30-31 – Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém,
notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto
estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um
varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os
mortos.
E Deus fará tudo isso, em Cristo e por
meio dele.
3- A direção é dada por Deus (5)
Essa expressão “LUZ”, se referindo a
Deus, aparece inúmeras vezes nas Escrituras. É uma referência ao fato de
estarmos constantemente na presença de Deus, agindo segundo o conselho da sua
vontade.
Veja o que diz o evangelista João
(3.19-21).
Olhando para a carta de Paulo aos
Efésios, vemos o seguinte: (5.8).
Diante dessas exortações, como servos
de Deus, devemos buscar andarmos na luz, pois isso é o que se exige daquele que
foi resgatado do império das trevas.
Conclusão:
Diante de todas essas colocações
podemos concluir que a profecia que Isaias apresenta nesse primeiro bloco do
capítulo 2, diz respeito à vinda do Reino de Cristo.
1- (v2)
O monte da Casa do Senhor – uma referência ao Templo literal que apontava para
o templo espiritual, que é a igreja do NT.
2- (v2-3)
Afluirão todas as nações – uma referência aos gentios alcançados pela graça.
(Rm. 14.10-11).
3- (v4)
Ele julgará entre os povos – uma referência a Jesus como o Supremo Juiz
Aplicações:
Precisamos estar atentos à nossa
postura diante das promessas de Deus para o seu povo, não para exigirmos que
Ele as cumpra o que prometeu, com se vê por aí, nem mesmo para cobrarmos d’Ele
aquilo que achamos ter por direito.
Nossa postura diante de Deus deve ser
de submissão e reverência. Mas muitas pessoas têm sido estimuladas a tratar
Deus como um amuleto.
Não nos preocupamos mais em prestar um
culto a Deus que agrade a Deus. Procuramos um culto que agrade a nós e, às
vezes, convidamos Deus para participar dele conosco e desejamos boas-vindas ao
dono da casa.
Precisamos estar atentos às promessas
de Deus, tão somente, porque Ele é Deus.
Lembrando das palavras de Moisés: “Deus não é
homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala,
e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?” (Nm. 23.19).
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